Fala, pessoal!
Nesse post queria falar um pouco sobre o que se está chamando de "zoom fatigue" e a importância de pensarmos se nossos eventos estão sendo saudáveis para nossa comunidade.
Talvez aconteça com você o que está acontecendo comigo: ter três lives que teria interesse de assistir no mesmo dia e horário, ou se inscrever em várias lives e eventos online e depois não conseguir assistir simplesmente por estar cansada de passar muito tempo no notebook.
Por causa da pandemia, começamos a nos conectar pelo notebook e celular muito mais: para trabalhar, fazer reuniões, participar de lives, falar com amigos e família. Admito que sendo argentina já estava um pouco acostumada à videochamadas, mas nesse período elas aumentaram substancialmente.
Diferentes empresas e comunidades precisaram se adaptar à nova realidade e começaram a transmitir os seus conteúdos em lives no Instagram, Youtube, palestras pelo Zoom e Meet. Essa transformação foi muito positiva, pessoas que antes precisariam viajar para São Paulo para participar de algum curso, palestra ou workshop, agora encontram essa possibilidade online. Só que, como falei no início, agora quando abro o meu Instagram aparecem muitas lives acontecendo ao mesmo tempo.
Essa situação pode causar um pouco de ansiedade para algumas pessoas, quando precisam escolher entre tantas opções, e cansaço mental ("zoom fatigue). Ansiedade que é influenciada também por vários outros fatores: a quarentena por si mesma e a incerteza que ela gera, estarmos em casa a maior parte do tempo, algumas pessoas podem ter dificuldades da convivência e inumeráveis situações que cada pessoa e família podem estar vivendo.
Nesse contexto, como podemos pensar nossos eventos online de uma forma que seja saudável para todos(as)?
Li esse artigo sobre o tema e tentarei resumi-lo aqui, mas recomendo para vocês lerem também.
Esses dias fiquei pensando e planejando os próximos eventos online que faríamos na empresa e me questionando qual a relevância que eles teriam para que as pessoas escolhessem assisti-los. Porém, depois de ler o artigo a pergunta mudou: em um cenário onde há chuva de informação, onde você recebe diariamente convites para eventos e lives, o que vou fazer com meus eventos para que eles sejam saudáveis e não causem mais ansiedade do que as pessoas já estão tendo? Algumas dicas:
- Como fala o título do artigo, em lugar de ser "mais uma live" para assistir agora, é um conteúdo para depois. Como a própria Tribos está fazendo, é importante esclarecer para nosso público que o conteúdo ficará disponível depois. Então aquelas pessoas que podem ficar com a sensação de perda vão saber que podem assistir tranquilas no momento que preferirem.
- Já pensou quantos e-mails e notificações você está mandando para as pessoas para relembrá-las sobre o seu evento? É importante analisar se é realmente necessário mandar vários e-mails ou se só com o e-mail de confirmação e mais um relembrando no dia do evento já é suficiente.
- Avisar com bastante antecedência quando será o próximo encontro é importante para que a pessoa se organize com tempo.
- Se questionar se o formato está sendo o mais apropriado. O que estão buscando os participantes? Descontração? Conexão? Interação? A ferramenta que utilizo é a melhor para criar essas experiências?
- Como o conteúdo por mais que seja uma live, ficará gravado, no seu planejamento tenha em conta a experiência das pessoas que irão assistir depois.
- Respeitar o tempo de duração é muito importante, se no convite fala que será uma hora de evento, então que seja 1 hora mesmo. As vezes é difícil, mas quando trazemos convidados (as) externos e não queremos cortar a fala deles (isso pode ser alinhado com antecedência). Mas pensemos no cenário de uma pessoa que terminou de trabalhar 18h, e 19h começa a live que, por mais que esteja cansada, quer muito assistir e em lugar de terminar às 20h termina às 21h. Ou a pessoa sai antes e perde uma parte ou tenta fazer um esforço e ficar mais um pouco. Ponto de atenção!
- Uma boa e detalhada descrição sobre o evento é legal para que as pessoas saibam exatamente o que vão receber. É bom também inserir links sobre conteúdos que são falados, o LinkedIn dos palestrantes para que quem quiser possa seguir mergulhando em mais conteúdos sobre o tema.
Essas são algumas dicas que podem nos ajudar a refletir sobre como estão sendo os nossos eventos hoje no contexto que estamos vivendo. Obviamente, como muitas comunidades devem fazer, uma forma eficaz de saber como estão se sentindo as pessoas que participam desses encontros é perguntando a elas diretamente. Nada melhor que saber da voz da nossa própria comunidade o que é melhor para ela.
Qual outra dica você tem para dar que acha que faltou aqui? Comentem ;)
Valeu!
Ju